sexta-feira, 12 de maio de 2023

 

Paródia: Canção do exílio

 

         Minha terra é sem palmeiras

         Onde não mais canta o sabiá

         As aves que ali voavam

         Não voam mais por lá

 

          Nosso céu não tem estrelas

          Além de fumaça no ar

          Nossos bosques são sem vida

          Vivemos agora sem amar

 

           Em cismar, sozinho à noite,

           Só queremos descansar

           Minha terra sem Palmeiras

           Não mas canta o sabiá

 

              Minha terra tinha amores

           Que tais não se podiam encontrar

           Em cismar sozinho à noite

           Só queremos descansar

           Minha terra sem Palmeiras

           Não mais canta o sabiá

  

         Não permita Deus que eu morra

         Sem antes alguma felicidade encontrar

         Sem que eu desfrute dos amores

         Que na vida ainda posso achar.

 

 

Paródia feita por: Lettycia Gabryelly Costa Soares e Fracyanny Aires Almada Mota.

Poema : Canção do Exílio de: Antônio Gonçalves Dias.

quinta-feira, 30 de março de 2017

ADOTE UMA GARRAFINHA

ADOTE UMA GARRAFINHA

ADOTE UMA GARRAFINHA COM CARINHO
ADOTE UMA GARRAFINHA COM CARINHO
NAÕ FIQUE AIR SOZINHO
E SIGA OS MEUS PASSOS E PASSINHOS.

NÃO DEIXA EU FICAR TÃO SÓ
NÃO DEIXA EU FICAR SOZINHO
LAVE BEM COM CARINHO  
E ENCHA-ME DE H2O.

A GARGANTA AGRADECE O MOLHAR
A GARGANTA AGRADECE O MOLHAR
BEBE DE POUQUINHOS EM POUQUINHOS
DE GOLINHOS EM GOLINHOS (GLUT! GLUT!)
PRA BEXIGA NÃO TER QUE LOTAR.

ASSIM NÃO TEMOS QUE SAIR
E PERDER, E PERDER A EXPLICAÇÃO
CIÊNCIAS, GEOGRAFIA
INGLÊS, MATEMÁTICA E REDAÇÃO...

ADOTE UMA GARRAFINHA COM CARINHO
ADOTE UMA GARRAFINHA COM CARINHO
ASSIM NÃO TEMOS QUE FUJIR
PRA FAZER XIXI
PRA FAZER XIXIZINHO E O XIXIZÃO.
PRA FAZER XIXI
PRA FAZER XIXIZINHO E O XIXIZÃO.


EDUARDO DE ALMEIDA CUNHA – dudumaranhensedm2@gmail.com

GEOGRAFIA NEGRA

                                                  GEOGRAFIA NEGRA

GEOGRAFIAS EM MOVIMENTOS
PARA O NEGRO É UM MOSAICO
AINDA SEM COMPLEMENTO
É UM FATO MARCANTE
DO PAÍS CHAMADO BRASIL
CALABOUÇOS, PELOURINHOS E AÇOITES.
QUEM AINDA NUNCA OUVIU...
E AÍ MEU IRMÃO, VAI FALAR?
FALAR O QUÊ?
QUE SOMOS DISFARÇADOS DE DEMOCRACIA RACIAL
PRECONCEITOS, “COTAS ESMOLAS”?
EXCLUSÃO SOCIAL.
ESSE É A CONDIÇÃO DE SER NEGRO
ESCRAVIDÃO SUAVE
QUE MATA LENTAMENTE
MAS NÃO SOMOS DEMENTES.
OXALÁ - E NA TERRA TUPI
VIVENCIAREMOS: PRETO COSME, JOÃO DO VALE, BESOURO E ZUMBI.
POR ELES, VAMOS ESTUDAR
E ENTENDER, PROCURAR CRESCER
AMADURECER NOSSAS IDEIAS
QUE OS TAMBORINS VÃO TOCAR
E NOS REMANESCENTES DE QUILOMBOS, SUA HISTÓRIA CONTINUARÁ.
O NEGRO NO BRASIL OU QUALQUER EXCLUÍDO,
NÃO VIVE NA MISÉRIA PORQUE GOSTA
ESSA É UMA CONDIÇÃO IMPOSTA
GEOGRAFIAS EM MOVIMENTOS...
O NEGRO NO BRASIL É TRIPLAMENTE EXCLUÍDO
SOCIAL, RACIAL E ECONOMICAMENTE
E LÁ EM FRECHAL (MA) OU ATÉ MESMO NA METRÓPOLE CAFUNDÓ (SP)
TAMBÉM NÃO É DIFERENTE
VAMOS FAZER O QUÊ?
PRA SAIR DESSE BURACO
E LUTAR PRA MUDAR A REALIDADE
E A MINHA IDENTIDADE NACIONAL
TAMBOR DE CRIOULA, BUMBA MEU BOI, CARNAVAL,
UAU QUE FESTA!
MAS NADA DISSO NÃO PRESTA
POR REGUEIRO: EXPRESSAM LOGO MACONHEIRO,
ESSA É A CONDIÇÃO QUE NOS DÃO
VAMOS ORGANIZAR UM PUXIRUM (MUTIRÃO)
MISCIGENADOS, DISFARÇADOS DE SER BRANCO
AGREGADOS AO QUE NÃO SOU
VOCÊ JÁ LUTOU E PRECISAMOS LUTAR
PARA NÃO CONTINUAR NA MESMICE, ISSO NÃO É TOLICE.
É GEOGRAFIA EM MOVIMENTO...

CUNHA, Eduardo de Almeida. Poesia Negra. In: RAMOS, Isaac Almeida (Org.). Antologia Poética: Prêmio Poesia Livre – 2015, Cabedelo-PB: Vivara, 2015 (p. 115-116)


sexta-feira, 8 de abril de 2016

       
DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS
De Ab’Saber à Manoel de Barros
CUNHA, Eduardo de Almeida. Domínios Morfoclimáticos. In: RAMOS, Isaac Almeida (Org.). Antologia Poética: Prêmio Poesia Livre – 2014, Cabedelo-PB: Vivara, 2014 (p. 77 -78)

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS
De Ab’Saber à Manoel de Barros

Conheço nos “mapas de adultos”,
Mas como gostaria de farejar,
Pisar, saborear os domínios morfoclimáticos
Tibungando nos rios,
Geografando as Cartografias Sociais.
No registro de emoções
Planaltos, planícies e depressões.

Viver por uns dias na geologia das Caatingas,
Na depressão sertaneja:
Correr nos cursos dos rios temporários
Bebendo água de cacimba,
Tocar fogo em cerca,
Comendo umbu verdadeiro
Resistente e xerófilo
Relembrando Lampião Guerreiro.

Dos planaltos residuais
Descer pelo rio Negro à canoa
Até a mata de igapó do Solimões,
Almoçar pirarucu, saboreando castanha
E ouvindo o canto do uirapuru
Na autossustentável Amazônia.

Guabiraba, pequi, buriti
Todos saboreados.
Tomando banho no véu da noiva
Após horas de caminhada
Pelo nosso patrimonial Cerrado.

Uma cochilada vespertina
Falésias, Chuí, chuá
Nas Pradarias gaúchas na rede a balançar.

No sul da Bahia visitar os Caiçaras,
Cacau e mata atlântica
Nos Mares de Morros
De formas arredondadas.

Nas Araucárias deitar no solo vermelho,
Banhar no Tietê em pleno carnaval,
Não sentindo nada de frio,
Do clima subtropical.

Vivenciando a transição
Quero ouvir o canto sorrateiro dos inhambus
Comendo gongo frito
Deitado numa esteira abaixo de um paió
Entre os babaçuais maranhenses, lembranças:
Dos cibitis, gaviões e xorós.

Lá na cidade de Campina Grande:
Quero ser chamado de cabra da peste
Entre o Sertão e a Mata Atlântica
No meu querido Agreste.

No Pantanal:
Passar a mão na cabeça de onça,
Pescar piranha com a mão,
Pegar alguns jacarés,
Pois sou cabra bravo
Mas o meu grande sonho 
É conhecer Manoel de Barros.

 A Geografia é memorável, pois jamais a esquecemos quando vivenciamos o espaço geográfico.

                   NO GOOGLE: dudumaranhense Tupi           

ANÁLISE DA POESIA: domínios morfoclimáticos e vida e obra de Manoel de Barros e Aziz Ab’Saber
Viajar pelos domínios e no fim ser abraçado por Manoel de Barros é de uma recompensa inexplicável como a geografia. (Eduardo de Almeida Cunha)

1) As estrofes numeradas de 1 a 9, correspondem respectivamente a cada um dos domínios morfoclimáticos e/ou áreas de transição. Cite-os:
1- ______________________________       2- __________________________
3- ______________________________       4- __________________________
5- ______________________________       6- __________________________
7- ______________________________       8- __________________________
9- _____________________________.

2) Qual número (da estrofe na poesia) representa o Município que você mora? Denomine-a.

4) Represente em desenho a área que você mora (destacando as espécies de vegetação)?

5) Cite duas espécies da fauna e duas da flora dos domínios e ou áreas de transição que estão numeradas na poesia.

1- ______________________________       2- __________________________
3- ______________________________       4- __________________________
5- ______________________________       6- __________________________
7- ______________________________       8- __________________________
9- _____________________________.

6) Faça um texto sobre a importância dos domínios morfoclimáticos.

7) Podemos dizer que a paisagem da Mata dos Cocais é uniforme? Explique.

8) O que explica a diversidade biológica no Mata dos Cocais?

9) A área do município de Caxias-MA poderia ter alguma UCs. Aponte três elementos que justifiquem a importância da criação dessas UCs.

10) Caracteriza o Inhamum (Reserva Municipal de Caxias/MA).

11) Quais as espécies de árvores de seu quintal? O que são aproveitados delas?

12) Quais as espécies que você gostaria de ter de outro domínio morfoclimático em seu quintal? Por quê?

13) Sobre Manoel de Barros, responda abaixo:
a) Quem foi ele?
b) Pesquise e escreva uma de suas poesias que mais lhes chamou atenção e em seguida represente-a em forma de desenho.

14) Sobre Nacib Aziz Ab’Saber, responda:
  a) Quem foi ele?
  b) Quais as suas principais contribuições para a geografia brasileira?        

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

POESIAS GEOGRÁFICAS - dudumaranhense dm2


POESIAS GEOGRÁFICAS - dm2

De Eduardo de Almeida Cunha - dudumaranhense: dm2 
3005
dudumaranhensedm2@gmail.com

PENSANDO POR UMA ROMÂNTICA GEOGRAFIA
POESIAS RURAIS

PENSANDO NA ILHA DE UPAON-AÇÚ

    Estou escrevendo o livro poesias geográficas desde 2010 com o objetivo de debruçar em uma viagem minunciosa do pensar Geo+grafia  como uma fonte de poesia, organizada através do raciocínio, das narrativas de viagens de jumento, passeios de bicicletas e de relatos de encontros inesperados entre pessoas, realidades singelas da cultura de povo. 

Na Literatura Caxiense, a poesia é encontrada nas belas poéticas de Gonçalves Dias, Coelho Neto, Vespasiano Ramos, Dias Carneiro. Atualmente poetas contemporâneos como como Wibson Carvalho, Joana Batista e Carvalho Júnior enriquecem o cenário caxiense, mas as minhas grandes inspiraões são poetas de áreas de transição dos domínios morfoclimáticos de AB' SABER:
  • Manoel de Barros do pantanal matogrossense que interpreta poeticamente uma geografia física de detalhes que só um amante da natureza consegue perceber;
  • Professor Passinho da mata dos cocais que narra uma geografia com Deus, a natureza, sua prole e um lamentar de uma parcela de seu povo que não lhe compreendeu na dimensão política.
Poetas como estes acima citados exemplificam uma poesia brasileira nativa, de pé no chão e verdadeira, excludente de  amplos significados que os ignorantes da elite não conseguem compreender se acharem intelectuais. Mas a intelectualidade não está na está interpretação de regras e sim no entender e sentir das coisas periféricas de Deus.

O LIVRO TERÁ AS SEGUINTES SUBDIVISÕES:
  • POESIAS GLOBAIS:
  • POESIAS BRASILEIRAS:
  • POESIAS NORDESTINAS:
  • POESIAS MARANHENSES:
  • POESIAS CAXIENSES:
  • POESIAS DO BAIRRO:
  • POESIAS RURAIS:
  • POESIAS CARTOGRÁFICAS: